Segue mais um testemunho muito interessante...
“Depois de ter passado pelo blogue da associação e de ter lido os relatos das experiências na vida associativa, não pode ficar de fora o meu contributo para este blogue, contando também um pouco da minha experiência. Um pouco porque apesar de ainda ser novo e não estar a tempo inteiro para a associação, acho que já tenho experiências e histórias que poderão cativar cada vez mais jovens para o voluntariado.
Foi já há algum tempo que iniciei a minha vida de jovem voluntário e associado na AJD. Deveria ter aí uns 14 anos, se a memória não me engana, quando os membros da associação da altura me convidaram para participar, com um grande elenco, numa das peças de teatro. Acho que depois de receber o convite, não demorei muito a dizer que sim, pois foi um grande orgulho poder contracenar com muitos dos actores que lá estavam.
Um pouco tímido, lá fui entrando na associação, com várias actuações de peças de teatro, passando pela oficina de artesanato.
E aí, apesar de ser neto do único artesão, pelo menos, na nossa terra, que ainda hoje e já com uma idade avançada confecciona as nossas tão conhecidas caroças, nunca me dei ao interesse de poder aprender. Mas com a iniciativa da associação, hoje, não tão bem quanto o meu avô, acho que me consigo safar. E apesar de saber que não necessito das caroças para a minha vida pessoal, sinto uma satisfação enorme em ter recebido do meu avô algo que hoje poucos são aqueles que as sabem fazer. E isto tudo devo à associação, porque ela cativou em mim o gosto em aprender algo que já vinha da minha família há uns largos anos.
Mas a minha vida associativa não ficou só pela oficina de artesanato. O meu interesse pela vida associativa, a vontade de poder contribuir com o meu tempo livre para a realização de várias actividades, fez com que me fixasse cada vez mais à associação. Quando dei por mim fazia parte dos órgãos da direcção, participando nela não só como um participante, mas a colaborar e a realizar actividades. Essas actividades nem sempre me deram o máximo de satisfação, não pela falta de apoio por parte da associação, não pela falta de condições para as realizar, mas muitas delas pela falta de participantes. Mesmo quando oferecíamos as melhores condições necessárias para o evento, nem sempre tínhamos os participantes desejados a nível de quantidade. Mesmo assim, eu e todos aqueles que juntos fazíamos parte da associação, não desistíamos e actividade atrás de actividade, lá íamos, fazendo pelo menos de mim cada vez mais forte para ultrapassar os vários obstáculos que a vida me proporciona.
Como a associação não se limitava a actividades locais, através de outras associações fomos entrando em vários projectos a nível nacional que, por sua vez, fez com que nos relacionássemos com outras associações, fazendo a associação muito grande ao nível do associativismo. E proporcionando a todos aqueles que juntos levavam a cabo as actividades da associação em vários pontos do nosso país, como aconteceu comigo, um enriquecimento não só a nível associativo para poder contribuir com o meu melhor para a associação, mas também a nível pessoal. Hoje tenho várias ideologias de vida graças a todos esses encontros, porque em todos eles existia sempre algo para aprender, ou algo para ensinar, mesmo que muitos dos jovens envolvidos fossem mais velhos do que eu.
Mas por motivos profissionais, fui obrigado a mudar de cidade, fazendo com que me afastasse da associação. Contudo, sempre que posso tento procurar saber como andam as coisas pela associação.
Mesmo não estando a colaborar com o meu melhor para a vida da associação, sei que continuamos no bom caminho, e sei que toda a associação pode e poderá contar com o meu e o teu contributo, para que juntos consigamos deixar crescer algo que alguém fez nascer na esperança de que todos juntos possamos dar o melhor a todos os jovens, a nível nacional e, principalmente, aos da nossa terra.
E todas aquelas vezes que dou por mim a pensar em tudo que vivi na companhia de todos, sinto que tudo aquilo que dei será sempre pouco para tudo o que a associação me proporcionou, fazendo com que não consiga deixar morrer aquilo que num dia foii entrando sem pedir licença.
A associação não depende de uma única pessoa, mas precisa de uma pessoa para que possamos ser muitos e para que todos juntos possam fazer com que tu consigas mostrar que tens muito para te oferecer e assim oferecer aos outros.
Acredita que existe muito para viver numa vida associativa. Ser voluntário é muito mais do que dar, ser voluntário é poder contribuir para algo melhor, para ti e para os outros” (Silvério Viana)
“Depois de ter passado pelo blogue da associação e de ter lido os relatos das experiências na vida associativa, não pode ficar de fora o meu contributo para este blogue, contando também um pouco da minha experiência. Um pouco porque apesar de ainda ser novo e não estar a tempo inteiro para a associação, acho que já tenho experiências e histórias que poderão cativar cada vez mais jovens para o voluntariado.
Foi já há algum tempo que iniciei a minha vida de jovem voluntário e associado na AJD. Deveria ter aí uns 14 anos, se a memória não me engana, quando os membros da associação da altura me convidaram para participar, com um grande elenco, numa das peças de teatro. Acho que depois de receber o convite, não demorei muito a dizer que sim, pois foi um grande orgulho poder contracenar com muitos dos actores que lá estavam.
Um pouco tímido, lá fui entrando na associação, com várias actuações de peças de teatro, passando pela oficina de artesanato.
E aí, apesar de ser neto do único artesão, pelo menos, na nossa terra, que ainda hoje e já com uma idade avançada confecciona as nossas tão conhecidas caroças, nunca me dei ao interesse de poder aprender. Mas com a iniciativa da associação, hoje, não tão bem quanto o meu avô, acho que me consigo safar. E apesar de saber que não necessito das caroças para a minha vida pessoal, sinto uma satisfação enorme em ter recebido do meu avô algo que hoje poucos são aqueles que as sabem fazer. E isto tudo devo à associação, porque ela cativou em mim o gosto em aprender algo que já vinha da minha família há uns largos anos.
Mas a minha vida associativa não ficou só pela oficina de artesanato. O meu interesse pela vida associativa, a vontade de poder contribuir com o meu tempo livre para a realização de várias actividades, fez com que me fixasse cada vez mais à associação. Quando dei por mim fazia parte dos órgãos da direcção, participando nela não só como um participante, mas a colaborar e a realizar actividades. Essas actividades nem sempre me deram o máximo de satisfação, não pela falta de apoio por parte da associação, não pela falta de condições para as realizar, mas muitas delas pela falta de participantes. Mesmo quando oferecíamos as melhores condições necessárias para o evento, nem sempre tínhamos os participantes desejados a nível de quantidade. Mesmo assim, eu e todos aqueles que juntos fazíamos parte da associação, não desistíamos e actividade atrás de actividade, lá íamos, fazendo pelo menos de mim cada vez mais forte para ultrapassar os vários obstáculos que a vida me proporciona.
Como a associação não se limitava a actividades locais, através de outras associações fomos entrando em vários projectos a nível nacional que, por sua vez, fez com que nos relacionássemos com outras associações, fazendo a associação muito grande ao nível do associativismo. E proporcionando a todos aqueles que juntos levavam a cabo as actividades da associação em vários pontos do nosso país, como aconteceu comigo, um enriquecimento não só a nível associativo para poder contribuir com o meu melhor para a associação, mas também a nível pessoal. Hoje tenho várias ideologias de vida graças a todos esses encontros, porque em todos eles existia sempre algo para aprender, ou algo para ensinar, mesmo que muitos dos jovens envolvidos fossem mais velhos do que eu.
Mas por motivos profissionais, fui obrigado a mudar de cidade, fazendo com que me afastasse da associação. Contudo, sempre que posso tento procurar saber como andam as coisas pela associação.
Mesmo não estando a colaborar com o meu melhor para a vida da associação, sei que continuamos no bom caminho, e sei que toda a associação pode e poderá contar com o meu e o teu contributo, para que juntos consigamos deixar crescer algo que alguém fez nascer na esperança de que todos juntos possamos dar o melhor a todos os jovens, a nível nacional e, principalmente, aos da nossa terra.
E todas aquelas vezes que dou por mim a pensar em tudo que vivi na companhia de todos, sinto que tudo aquilo que dei será sempre pouco para tudo o que a associação me proporcionou, fazendo com que não consiga deixar morrer aquilo que num dia foii entrando sem pedir licença.
A associação não depende de uma única pessoa, mas precisa de uma pessoa para que possamos ser muitos e para que todos juntos possam fazer com que tu consigas mostrar que tens muito para te oferecer e assim oferecer aos outros.
Acredita que existe muito para viver numa vida associativa. Ser voluntário é muito mais do que dar, ser voluntário é poder contribuir para algo melhor, para ti e para os outros” (Silvério Viana)