sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jovem da AJD participa numa Cooperação Transfronteiriça – Acampamento Juvenil GALLAECIA – LUSITANIA 2011 e Relata-nos a sua experiência

Foi no dia 17 de Agosto que partimos rumo à Galiza, 25 jovens portugueses vindos de várias cidades (Bragança, Porto, Braga e Viana do Castelo) e que posteriormente se iriam juntar com 25 jovens galegos.
A viagem de ida dos portugueses começou de manhã, em Bragança, e passando algumas horas terminou ao chegar a Entrimo. Entrimo era o sítio onde de localizava o parque onde iríamos acampar. Ao chegarmos lá era altura de inspeccionar o espaço e tirar, desde logo, as primeiras impressões que até foram razoáveis pois avistávamos bastante espaço livre, piscina, paredes de escalada, balizas, etc. Quando os 50 jovens já se encontravam no parque juntamente com os monitores procedeu-se à distribuição das tendas. As pessoas tinham sido distribuídas aleatoriamente por tendas não mistas de 4 pessoas, o que inicialmente provocou algum alvoroço pois não sabíamos com quem iríamos ter que dividir a tenda durante todo o acampamento!
Depois da distribuição pelas tendas, fomos pousar os sacos e foi feita uma visita guiada ao parque para que soubéssemo-nos orientar e ao mesmo tempo explicaram-nos as regras do parque e os horários de funcionamento de cada espaço do parque.
Depois disso, e como a hora já começava a ser avançada, mandaram-nos ir tomar banho e prepararmo-nos para o jantar.
Foi no caminho para a tenda que começou o processo de socialização que se adivinhava bastante difícil, pois para além de estarem duas nacionalidades misturadas também cada um vinha de zonas diferentes do país e tinham hábitos diferentes. Mas lá começaram a surgir as primeiras conversas e os laços foram se estabelecendo, sendo que os primeiros foram com os colegas de tenda. Depois do banho e já prontos para ir jantar tivemos que escolher mesas com grupos de oito pessoas e aí instintivamente fomo-nos juntando com as pessoas que pensávamos ter mais afinidades.
Depois do jantar foi feita uma assembleia-geral, que começou a ser realizada todas as noites a seguir ao jantar, e onde debatíamos assuntos do dia passado, conversávamos, líamos um correio que foi previamente criado para promover a interacção entre os campistas, entre outras coisas. Por fim, nas assembleias eram sempre ditas as actividades nocturnas que iríamos ter.
A primeira noite foi talvez uma das mais marcantes pois baseou-se em jogos para quebrar o gelo entre todos, o que se tornou positivo porque nesta noite já sabíamos o nome da maioria das pessoas.
No fim das actividades, íamos todos para a tenda tentar dormir e era aí que a animação começava. Dormir era coisa que não nos apetecia, pois estávamos rodeados de gente nova e como tal queríamos era conhecê-las.
Mas lá íamos dormindo porque todas as manhãs havia a alvorada com uma música em alto e bom som acompanhada do bom dia personalizado de cada monitor que tanto se esforçavam para nos acordar todas as manhãs do acampamento. Depois íamos tomar o nosso pequeno-almoço e ver o horário com as actividades de cada um, sendo que estávamos todos divididos em 5 grupos. As actividades foram do mais variado possível já que metiam orientação, BTT, tiro ao arco, escalada, entre outras. Também tínhamos as actividades colectivas que eram passeios até locais fora do parque, fazer rafting, entre outras.
Os dias foram passados e a cumplicidade entre todos era cada vez mais notável e o objectivo do acampamento, promover a interacção entre jovens portugueses e espanhóis, estava mais do que cumprido, muito por causa dos magníficos monitores que nos couberam em sorte.
Nos últimos dias do acampamento, já nos tratávamos por amigos e já pensávamos em como seria quando chegasse ao fim pois estávamos juntos 24 horas, todos os dias.
Eis que chegou o último dia e foi proposto a organização de uma festa de encerramento. Como é óbvio, foi de imediato aceite, com a condição que teria que ser exclusivamente organizada por nós, assumindo assim todas as responsabilidades. Foram então destacados vários grupos desde um grupo para a música, outro para os comes e bebes, outro para a decoração e por aí fora. Durante a festa, houve a marcante distribuição de faixas cujo objectivo era numa palavra mostrar o que aquela pessoa era para os outros e entre muitas faixas houve a miss perfeição, a miss simpatia, o mister sedutor, entre outros, que resultou num momento de alegria. Encerrada a festa, foi tempo de arrumar e recolher para as tentas, pois no dia seguinte pela manhã iríamos todos embora desta enorme aventura por terras galegas. E assim foi, a manhã chegou juntamente com a alvorada e ao contrário dos outros dias a cara das pessoas só transmitia tristeza.
Então, após o pequeno-almoço tomado e algumas fotos de grupo lá se foram indo as primeiras pessoas acompanhadas de choros e palavras carinhosas. Passado algum tempo, quando já só restavam os portugueses, lá fomos rumo a casa, os 25 jovens e as 2 maravilhosas monitoras a Patrícia e a Raquel que eram as monitoras portuguesas que nos acompanharam.
E foi assim que com muita pena acabou a aventura por terras da Galiza que deixará marca para todos que nela participaram.
Obrigada à AJD pela oportunidade! Se não fizesse parte desta associação não tinha conhecimento destes programas para a juventude.
André Carneiro

Sem comentários:

Enviar um comentário