Hoje revelamos o relato de mais uma jovem que tem experienciado o associativismo e o voluntariado na AJD…
"Desde muito nova, senti necessidade de fazer parte de algo, algo que me permitisse melhorar um bocadinho o meu pequeno “Mundo”… e então apareceu a “geração” que com muita energia e trabalho, trouxe um novo ânimo e alento a estas paragens. Contudo alguns anos depois a vida da maior parte destas pessoas enveredou por outros objectivos. Aí, embora andasse na faculdade, morasse numa nova cidade, a conhecer novas pessoas e ambientes, sentia a falta de um grupo, com um objectivo social, com uma intervenção directa no meio. Por diversas vezes analisei e investiguei a possibilidade de integrar um dos muitos grupos de ajuda que existem na zona do Porto, contudo faltava algo, algo que dê-se sentido ao que estava a fazer (e talvez, é certo, também alguma capacidade emocional para esse tipo de trabalho).
Até que um dia surgiu o convite para integrar a AJD, uma associação lutadora, cheia de projectos, cheia de vitórias… O que de certo modo me assustou. Como me integraria? Em que tipo de projectos me poderia enquadrar? Mas tudo decorreu de modo natural, e aos poucos fui integrando-me e resgatando a sensação de criar, comparticipar em algo.
Hoje em dia, quer por indisponibilidade profissional e distância física, participo em poucos projectos, mas basta o participar nas reuniões e no Caroça, e apoiar ou contestar as questões abordadas, para indirectamente, sentir que contribuo para melhorar/mudar o nosso meio.
Para mim a experiência associativa é apenas partilhar quem somos, como somos e acima de tudo como vemos o Mundo e como o podemos mudar, é basicamente uma “Brain storming” constante, em que um grupo de pessoas sugere, discute, planeia, prepara, executa e vive um objectivo, e quer este tenha êxito ou não, importante é mesmo tentar!
E é por isso que participo associativamente, porque posso pelo menos tentar!" (Célia Meira)